A Associação de Pescadores do Município de Manuel Urbano, o tecnólogo José Pereira Passos do Instituto de Meio Ambiente do Acre do Departamento de recursos Hídricos do Imac e técnicos da Seaprof, ligados a coordenação do programa Agricultura Familiar (ex-SEATER) e técnicos do Instituto de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - Ibama concluem mais uma etapa do "Projeto Alto Purus", na qual está inclusa a despesca e a Feira do Pirarucu entre os meses de agosto e setembro. 
O projeto, iniciado em 2002, é um trabalho desenvolvido em parceria entre a Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), a Associação dos Pescadores de Manoel Urbano e a ONG WWF-Brasil, que permite aos pescadores da região adquirirem conhecimentos técnicos sobre legislação ambiental.
O consultor técnico da WWF-Brasil Marcelo Apel, explicou que despesca e a Feira do Pirarucu fazem parte do Projeto Alto Purus, realizado em conjunto por WWF-Brasil, Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) e as Colônias de Pescadores de Manuel Urbano e Sena Madureira, desde 2003. De acordo com Marcelo, o projeto contribuiu com a organização e a capacitação de pescadores locais para implementar acordos de pesca na região, que consistem na criação de normas para regular a atividade, sua sustentabilidade e a reposição das espécies nos lagos das comunidades. Em linha geral o "Projeto Alto Purus" trabalha em uma área de aproximadamente 200 mil hectares.
 Em três anos de atividades, as comunidades pesqueiras instaladas nos municípios de Sena Madureira e Manoel Urbano estabeleceram acordos de pesca - homologados pelo Ibama e, portanto, com força de lei - para seis lagos. Com os acordos, os pescadores têm relatado que quantidade e qualidade do peixe melhoraram, assim como o cumprimento das regras dos acordos.
No Lago Santo Antônio os pescadores decidiram em conjunto, em 2004, proibir temporariamente a pesca do pirarucu, pois a espécie estava ameaçada pela pesca excessiva. Os resultados foram rápidos.
Em março de 2005, havia 56 peixes. Pouco mais de dois anos depois, em maio de 2007, o número de pirarucus no lago passou para 187.
Acordo - Pelo acordo do projeto, a parte que compete ao IBAMA/AC é fiscalizar para o fiel cumprimento das leis normativas publicadas pelo Instituto. Para a analista e pesquisadora ambiental da instituição, Rosana Cristina Pezzi Derigo, a escassez de recursos condiciona a capacitação de uma pessoa moradora da região como agente ambiental comunitário, munindo-o com crachá e o dotando de poderes para junto com autoridades da região, coibir irregularidades e fazer cumprir as determinações ambientais. "Essa pessoa fiscaliza a proibição da pesca predatória, o tamanho da malhas bem como a quantidade de redes permitidas para cada pescador", comenta. Esporadicamente, quando solicitado pela SEATER, o IBAMA desloca um fiscal para ir a região assessorar o agente ambiental comunitário. Fonte: Seaprof - Projeto alto Purus |
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